O Crivo.
O Crivo.
Minha esposa não aguenta mais.
A fumaça de cigarro do meu Malboro.
E o crivo virou um estorvo.
O alcatrão é o culpado de novo.
Aliás, ainda sou chamado de poeta compulsivo.
Talvez porque o crivo esteja sempre entre meus dedos.
E já que não tenho respeito, começo a fumegar novamente sem medo...
Ah! Vício maldito, já tentei te largar tantas vezes, mas continuo envolvido.
Tu és a fumaça deste coração bandido, humildemente restrito.
Que suspira a vida ao som de Joan Baez.
- Desta vez, estarei ébrio e sóbrio ao cheiro do alcatrão do cigarro.
Que escarro, vou morrer e o danado do crivo já começou a me fazer pedido.
- Tu és fumante compulsivo! Ah, não sei como continua vivo.
Toda essa história daria um livro, não sobre eu, mas sobre o crivo/ vício.
@J. Rowstock.