Lábios de Dédalo.
Infâmia voluptuosa, beiço de Capitu.
Em revelia, penso em tu...
No teu beijo tão cru e doce
Molhado e também salgado.
Gosto de controlado!
És minha bocarra vadia, vil
Minha homérica poesia que me afaga.
Vontade que me mata.
Desejo de longe, olho estrelas (...)
Tão lúcidos poemas que fiz pra ti de tão longe.
Obstante, pensa no poeta quando usares estes lábios.
Quando fizeres em outro, outros afagos.
E se possível goze! Com vontade ou sem vontade,
Goze me lendo, aí você vai me tendo
Aos pouquinhos, pelas palavras.
Como ninguém ainda teve...
E eu continuarei a ter desejos
Lábios infames vertiginosos
Que um dia , ei de beijar!
@J. ROWSTOCK ( On Facebook )