Versos íntimos (II)

16/02/2014 13:57

O que sobraria então para nós?

O resto dos peixes, o resto do feijão.

O resto do vinho, o resto do último crivo.

Viveríamos de restos?

 

Eu não!

Preciso de café preto bem forte

E com pouco açúcar.

Preciso-me sentir vivo!

 

Eis então que sobras não me bastam

Sou o cocheiro de um cavalo a milhões

Que luta para manter o mesmo nos trilhões

Eis que sobras não me bastariam!

 

Desejo o pecado, escárnio o picadeiro.

Quero o vinho inteiro e a embriaguez lúcida

Quero desejo, menosprezo e impropério

- Viver é perigoso demais!

Mas eu quero...

 

 

@J. ROWSTOCK

 

 

 

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